Na semana passada, em 24 de outubro, a Microsoft anunciou oficialmente Halo: Campaign Evolved, um remake completo da campanha do primeiro jogo da franquia, Halo: Combat Evolved (2001), agora desenvolvido na Unreal Engine 5 e previsto para 2026. O mais surpreendente é que, pela primeira vez, o jogo será lançado simultaneamente não só para Xbox Series X/S e PC, mas também para o PlayStation 5.
Durante o anúncio, o diretor de comunidade da 343 Industries, Brian Jarrard, descreveu o projeto como “uma nova era para Halo”, destacando que a franquia “será, daqui em diante, também parte da comunidade PlayStation”.
Halo: Campaign Evolved incluirá um novo arco narrativo, composto por três missões que funcionam como um prelúdio à história original. Além disso, um clipe de 13 minutos de gameplay do remake foi apresentado, e dá para observar várias mudanças nas mecânicas de jogabilidade e no level design — alterações que geram surpresa, mas também certa decepção.
Here's 13 minutes of gameplay from 'Halo: Campaign Evolved' 🎮
— Culture Crave 🍿 (@CultureCrave) October 24, 2025
• Game has three new prequel missions
• Sprinting has been added
• 2 player split-screen & 4 player online co-op pic.twitter.com/16D4VhiwU4
Entre as vozes mais críticas está a de Jaime Griesemer, um dos principais desenvolvedores do Halo original, que guiou o design da franquia. Em publicações no Twitter/X, Griesemer reagiu de forma dura às mudanças reveladas na jogabilidade do remake.
You aren’t supposed to be able to take the Warthog up to steamroll the Hunters. I intentionally placed rocks in the way so you had to fight them on foot. When you can just smash the crates out of the way it wrecks the encounters.
— Jaime Griesemer (@32nds) October 25, 2025
But the worst part? They put trees in the landing… https://t.co/m9xNFIBL7S
Segundo ele, alterações em missões clássicas, como a The Silent Cartographer, comprometem a essência tática e o ritmo do jogo original. Traduzindo o tweet.
“Você não deveria poder levar o Warthog para atropelar os Hunters. Coloquei pedras no caminho de propósito para que você tivesse que lutar contra eles a pé. Quando você consegue simplesmente destruir as caixas, isso estraga os confrontos”.
Ele também criticou o novo sistema de sprint infinito, dizendo que “distorce o ritmo cuidadosamente construído” da campanha. Griesemer acrescenta, em outro post, que o fato de esse sistema ser opcional (pode ser habilitado ou desabilitado nas configurações do jogo) indica que os desenvolvedores não têm uma visão clara sobre o que o jogo deve ser, deixando nas mãos dos jogadores essa decisão.
Os posts de Griesemer já ultrapassaram alguns milhões de visualizações e dezenas de milhares de curtidas, além de dividirem a comunidade: enquanto parte dos fãs defende que jogos modernos devem, obrigatoriamente, incorporar mecânicas mais atuais para atrair novos públicos, outros argumentam que esse tipo de modernização pode arruinar elementos que definiram o jogo original como um “clássico”.
De qualquer forma, apesar das reclamações, entende-se que este é o fim definitivo da exclusividade de Halo nos consoles Xbox, uma mudança que reflete a nova estratégia da Microsoft em direção ao multiplataforma. Em entrevista à Mashable, a presidente da divisão Xbox, Sarah Bond, afirmou que a ideia de jogos exclusivos seria “antiquada”, e já vemos essa visão se concretizar.
 
											 
								 
								 
								 
								