Sabe aqueles remakes de filmes clássicos que causam um friozinho na barriga só de pensar? A expectativa é sempre alta, e nem sempre eles entregam o que esperamos. Mas, acredite, existem casos em que a refilmagem não só supera o original, mas realmente traz algo novo e empolgante para a história. Seja com efeitos especiais de cair o queixo, uma direção mais afiada ou uma visão moderna de personagens já consagrados, certos remakes conquistaram o público e a crítica de um jeito que os originais nem imaginavam.
Filmes como Duna (2021), o clássico Scarface (1983) e Cabo do Medo (1991) são só alguns exemplos. Se você assistiu a esses filmes e nem imaginava que eram remakes, relaxa, você não está sozinho! A seguir, separei alguns remakes que conseguiram superar os originais e vou te contar por que essas versões acabaram ganhando mais destaque e atenção do público e da crítica.
DUNA (2021)


Se tem uma adaptação cinematográfica que fez história recentemente, foi Duna (2021). A versão de 1984, dirigida por David Lynch, até virou um clássico cult, mas sofreu com a dificuldade de condensar a grandiosidade do livro de Frank Herbert em apenas duas horas. Resultado? Um filme que parecia apressado, confuso e, para muitos, difícil de engajar.
Agora, entra Denis Villeneuve com Duna (2021) e entrega uma experiência cinematográfica de outro nível. A primeira diferença gritante? O elenco. Timothée Chalamet como Paul Atreides é um acerto gigantesco. Enquanto Kyle MacLachlan, na versão de 1984, tem uma atuação exagerada e um tanto teatral, Chalamet consegue trazer um Paul mais introspectivo, vulnerável e fiel ao espírito do personagem no livro. As interações entre os personagens também ficaram muito mais naturais, sem aquele tom de novela intergaláctica que incomodava na versão antiga.
Outro ponto a se pensar é o roteiro. Enquanto Duna (1984) tenta condensar o livro de Frank Herbert em duas horas, o que acaba deixando a trama apressada e difícil de seguir, especialmente para quem não está familiarizado com o livro, a versão de 2021 tem um roteiro mais fiel a obra literária, mas sem perder a clareza.
E não podemos deixar de falar da parte visual. Os cenários grandiosos, a trilha sonora hipnotizante de Hans Zimmer e a direção de Villeneuve fazem de Duna (2021) um verdadeiro espetáculo. Se você achou a versão de 1984 meio esquisita, dá uma chance pra essa nova—vai valer a pena.
SCARFACE (1983)


O Scarface original, de 1932, já era um clássico do cinema noir, mas quando Brian De Palma assumiu o remake em 1983, elevou tudo a outro patamar. Esqueça os gângsteres da Lei Seca—dessa vez, estamos na Miami dos anos 80, com neon, drogas e o inesquecível Tony Montana de Al Pacino.
O roteiro de Oliver Stone aprofunda a jornada do protagonista, transformando Tony Montana em um verdadeiro símbolo da obsessão pelo poder e sucesso. Enquanto o original já mostrava a ascensão e queda de um criminoso, o remake consegue capturar a grandiosidade e o caos da época, entregando um filme visualmente marcante e emocionalmente intenso.
As cenas de ação intensas e bem coreografadas deixam o espectador com os nervos à flor da pele e a trilha sonora de Giorgio Moroder é quase um personagem à parte. As músicas conseguem transmitir toda a tensão e extravagância que definem o universo de Tony Montana. O Scarface de 1932 pode ter pavimentado o caminho, mas o de 1983 construiu o império.
A MÚMIA (1999)


O A Múmia original, de 1932, é um clássico do terror, com Boris Karloff dando vida a um vilão sombrio e arrepiante. Mas o remake de 1999… ah, esse aqui transformou tudo em uma aventura épica que mistura ação, suspense e comédia na medida certa.
Brendan Fraser brilha como Rick O’Connell, um herói carismático e divertido, e Rachel Weisz (CRUSH <3) traz uma Evy cheia de personalidade e charme. Diferente do original, que foca no horror e no suspense, a versão de 1999 consegue equilibrar tensão e diversão de um jeito que te prende na cadeira do começo ao fim.
Se você quer uma experiência mais sombria, vá com o original. Mas se busca um filme leve e divertido para assistir num fim de tarde, A Múmia (1999) é a escolha perfeita.
CABO DO MEDO (1991)


Se você já viu Cabo do Medo, sabe que o Max Cady de Robert De Niro é um pesadelo vivo. No original de 1961, intitulado no Brasil como Círculo do Medo, Robert Mitchum entregava um vilão assustador, mas no remake, Martin Scorsese não teve dó: o Cady de De Niro é mais brutal, manipulador e cheio de camadas que deixam tudo mais desconfortável.
Diferente do original, onde o suspense era mais clássico e contido, no remake Scorsese joga a tensão na sua cara. Max Cady se torna um vilão ainda mais manipulador, brutal e perturbador. O protagonista, Sam Bowden (Nick Nolte), também ganha mais camadas, deixando claro que ele não é nenhum herói perfeito, o que só aumenta a sensação de vulnerabilidade.
A trilha sonora adaptada de Bernard Herrmann? Simplesmente perfeita para criar um clima de pesadelo psicológico. Se o original é um ótimo thriller, o remake de 1991 é um soco no estômago.
BRAVURA INDÔMITA (2010)


John Wayne pode ter levado um Oscar pelo Bravura Indômita de 1969, mas quando os irmãos Coen lançaram sua versão em 2010, ficou difícil não admitir que o remake é superior.
Enquanto o original é um filme mais leve, quase caricato, o remake traz uma pegada mais realista. Jeff Bridges interpreta Rooster de um jeito muito mais cru e humano, deixando claro que ele é um herói imperfeito. E a Mattie Ross de Hailee Steinfeld? Um show à parte. A garota rouba a cena com uma personalidade marcante, muito mais destacada aqui do que na versão de 1969.
Outro ponto forte do remake é a fotografia. Os irmãos Coen criaram paisagens de tirar o fôlego e um clima de faroeste que parece mais autêntico, sujo e, sinceramente, perigoso. No geral, o Bravura Indômita de 1969 é divertido e clássico, mas o remake tem mais profundidade em roteiro e atuação. Se você gosta de um faroeste com alma, o de 2010 é a escolha certa!
GUERRA DOS MUNDOS (2005)


O Guerra dos Mundos original, de 1953, foi um marco da ficção científica, trazendo o medo da Guerra Fria para a tela. Mas em 2005, Steven Spielberg pegou essa história e elevou a tensão a outro nível.
Diferente do original, que mostrava a invasão de forma mais ampla, o remake foca em uma narrativa íntima, acompanhando Ray Ferrier (Tom Cruise) e seus filhos enquanto tentam sobreviver ao caos. O terror é palpável, e os tripods gigantes são assustadores.
Sem contar aquela cena na casa com Tim Robbins… tensão pura! O remake não apenas modernizou a história, mas trouxe um peso emocional que o original não tinha. Claro, o original tem seu charme e é um clássico do sci-fi, mas o remake traz um nível de emoção e realismo que fazem toda a diferença. Se você gosta de ficção científica com uma dose de drama, o de 2005 é imbatível!
NOSFERATU (2024)



Nosferatu de 1979, dirigido por Werner Herzog, é uma releitura melancólica e atmosférica do clássico de 1922, com Klaus Kinski como um Conde Orlok sombrio e enigmático. É uma obra poderosa, mas a versão de 2024, dirigida por Robert Eggers, consegue ir além.
Bill Skarsgård assume o papel do vampiro, equilibrando o terror monstruoso com uma carga trágica. Lily-Rose Depp traz uma Ellen mais forte e emocionalmente envolvente, adicionando tensão e profundidade à narrativa.
Visualmente, Eggers mantém seu estilo característico com cenários que misturam o belo e o perturbador. A fotografia meticulosa e o simbolismo em cada cena criam uma atmosfera densa que prende o espectador. O remake respeita o legado do original, mas adiciona elementos psicológicos e visuais modernos que tornam a experiência ainda mais impactante. Para quem gosta de horror com alma, essa nova versão é imperdível!
MENÇÃO HONROSA – STAR TREK (2009)


Olha, falar de Star Trek de 2009 como remake não seria exatamente justo — é mais um soft reboot com cara de blockbuster moderno. E sabe o que é impressionante? Ele consegue atrair tanto novos fãs quanto agradar os antigos.
J.J. Abrams não reinventou a historia, mas deu um gás que a franquia precisava. A estética ficou mais vibrante, com cenas de ação intensas e efeitos visuais de cair o queixo. Tudo isso sem sacrificar a essência do universo Star Trek, que sempre foi mais sobre diplomacia, ética e explorações espaciais do que pancadaria desenfreada.
O casting foi certeiro: Chris Pine trouxe frescor ao icônico Capitão Kirk, mantendo o charme atrevido, enquanto Zachary Quinto dominou o papel de Spock com aquela lógica fria e um toque emocional na medida. O reboot ainda criou uma linha temporal paralela — ponto genial pra dar liberdade criativa sem apagar o legado da série clássica.
Se você curte ficção científica com o equilíbrio certo entre ação e profundidade, vale a pena assistir.
Agora me conta: qual desses remakes te pegou de surpresa? E qual original você ainda prefere?
 
											 
								 
								 
								