Remakes melhores que o original
Remakes melhores que o original

Remakes melhores que os originais 

Seja por uma reinterpretação ou com o trabalho fiel ao original, obras que superaram suas origens

22/09/2025 às 16:37

Sabe aqueles remakes de filmes clássicos que causam um friozinho na barriga só de pensar? A expectativa é sempre alta, e nem sempre eles entregam o que esperamos. Mas, acredite, existem casos em que a refilmagem não só supera o original, mas realmente traz algo novo e empolgante para a história. Seja com efeitos especiais de cair o queixo, uma direção mais afiada ou uma visão moderna de personagens já consagrados, certos remakes conquistaram o público e a crítica de um jeito que os originais nem imaginavam.

Filmes como Duna (2021), o clássico Scarface (1983) e Cabo do Medo (1991) são só alguns exemplos. Se você assistiu a esses filmes e nem imaginava que eram remakes, relaxa, você não está sozinho! A seguir, separei alguns remakes que conseguiram superar os originais e vou te contar por que essas versões acabaram ganhando mais destaque e atenção do público e da crítica.

DUNA (2021)

Duna de Denis Villeneuve. Imagem: Divulgação
Duna de David Lynch. Imagem: Divulgação

Se tem uma adaptação cinematográfica que fez história recentemente, foi Duna (2021). A versão de 1984, dirigida por David Lynch, até virou um clássico cult, mas sofreu com a dificuldade de condensar a grandiosidade do livro de Frank Herbert em apenas duas horas. Resultado? Um filme que parecia apressado, confuso e, para muitos, difícil de engajar.

Agora, entra Denis Villeneuve com Duna (2021) e entrega uma experiência cinematográfica de outro nível. A primeira diferença gritante? O elenco. Timothée Chalamet como Paul Atreides é um acerto gigantesco. Enquanto Kyle MacLachlan, na versão de 1984, tem uma atuação exagerada e um tanto teatral, Chalamet consegue trazer um Paul mais introspectivo, vulnerável e fiel ao espírito do personagem no livro. As interações entre os personagens também ficaram muito mais naturais, sem aquele tom de novela intergaláctica que incomodava na versão antiga.

Outro ponto a se pensar é o roteiro. Enquanto Duna (1984) tenta condensar o livro de Frank Herbert em duas horas, o que acaba deixando a trama apressada e difícil de seguir, especialmente para quem não está familiarizado com o livro, a versão de 2021 tem um roteiro mais fiel a obra literária, mas sem perder a clareza. 

E não podemos deixar de falar da parte visual. Os cenários grandiosos, a trilha sonora hipnotizante de Hans Zimmer e a direção de Villeneuve fazem de Duna (2021) um verdadeiro espetáculo. Se você achou a versão de 1984 meio esquisita, dá uma chance pra essa nova—vai valer a pena.

SCARFACE (1983)

Scarface de Brian De Palma. Imagem: Reprodução
Scarface de Howard Hawks. Imagem: Reprodução

O Scarface original, de 1932, já era um clássico do cinema noir, mas quando Brian De Palma assumiu o remake em 1983, elevou tudo a outro patamar. Esqueça os gângsteres da Lei Seca—dessa vez, estamos na Miami dos anos 80, com neon, drogas e o inesquecível Tony Montana de Al Pacino.

O roteiro de Oliver Stone aprofunda a jornada do protagonista, transformando Tony Montana em um verdadeiro símbolo da obsessão pelo poder e sucesso. Enquanto o original já mostrava a ascensão e queda de um criminoso, o remake consegue capturar a grandiosidade e o caos da época, entregando um filme visualmente marcante e emocionalmente intenso.

As cenas de ação intensas e bem coreografadas deixam o espectador com os nervos à flor da pele e a trilha sonora de Giorgio Moroder é quase um personagem à parte. As músicas conseguem transmitir toda a tensão e extravagância que definem o universo de Tony Montana. O Scarface de 1932 pode ter pavimentado o caminho, mas o de 1983 construiu o império.

A MÚMIA (1999)

A Múmia de Stephen Sommers. Imagem: Reprodução
A Múmia de Karl Freund. Imagem: Reprodução

O A Múmia original, de 1932, é um clássico do terror, com Boris Karloff dando vida a um vilão sombrio e arrepiante. Mas o remake de 1999… ah, esse aqui transformou tudo em uma aventura épica que mistura ação, suspense e comédia na medida certa.

Brendan Fraser brilha como Rick O’Connell, um herói carismático e divertido, e Rachel Weisz (CRUSH <3) traz uma Evy cheia de personalidade e charme. Diferente do original, que foca no horror e no suspense, a versão de 1999 consegue equilibrar tensão e diversão de um jeito que te prende na cadeira do começo ao fim.

Se você quer uma experiência mais sombria, vá com o original. Mas se busca um filme leve e divertido para assistir num fim de tarde, A Múmia (1999) é a escolha perfeita.

CABO DO MEDO (1991)

Cabo do Medo de Martin Scorsese. Imagem: Reprodução
Círculo do Medo de J. Lee Thompson. Imagem: Reprodução

Se você já viu Cabo do Medo, sabe que o Max Cady de Robert De Niro é um pesadelo vivo. No original de 1961, intitulado no Brasil como Círculo do Medo, Robert Mitchum entregava um vilão assustador, mas no remake, Martin Scorsese não teve dó: o Cady de De Niro é mais brutal, manipulador e cheio de camadas que deixam tudo mais desconfortável.

Diferente do original, onde o suspense era mais clássico e contido, no remake Scorsese joga a tensão na sua cara. Max Cady se torna um vilão ainda mais manipulador, brutal e perturbador. O protagonista, Sam Bowden (Nick Nolte), também ganha mais camadas, deixando claro que ele não é nenhum herói perfeito, o que só aumenta a sensação de vulnerabilidade.

A trilha sonora adaptada de Bernard Herrmann? Simplesmente perfeita para criar um clima de pesadelo psicológico. Se o original é um ótimo thriller, o remake de 1991 é um soco no estômago.

BRAVURA INDÔMITA (2010)

Bravura Indômita dos Irmãos Coen. Imagem: Reprodução
Bravura Indômita de Henry Hathaway. Imagem: Reprodução

John Wayne pode ter levado um Oscar pelo Bravura Indômita de 1969, mas quando os irmãos Coen lançaram sua versão em 2010, ficou difícil não admitir que o remake é superior.

Enquanto o original é um filme mais leve, quase caricato, o remake traz uma pegada mais realista. Jeff Bridges interpreta Rooster de um jeito muito mais cru e humano, deixando claro que ele é um herói imperfeito. E a Mattie Ross de Hailee Steinfeld? Um show à parte. A garota rouba a cena com uma personalidade marcante, muito mais destacada aqui do que na versão de 1969.

Outro ponto forte do remake é a fotografia. Os irmãos Coen criaram paisagens de tirar o fôlego e um clima de faroeste que parece mais autêntico, sujo e, sinceramente, perigoso. No geral, o Bravura Indômita de 1969 é divertido e clássico, mas o remake tem mais profundidade em roteiro e atuação. Se você gosta de um faroeste com alma, o de 2010 é a escolha certa!

GUERRA DOS MUNDOS (2005)

Guerra dos Mundos de Steven Spielberg. Imagem: Reprodução
Guerra dos mundos de Byron Haskin. Imagem: Reprodução

O Guerra dos Mundos original, de 1953, foi um marco da ficção científica, trazendo o medo da Guerra Fria para a tela. Mas em 2005, Steven Spielberg pegou essa história e elevou a tensão a outro nível.

Diferente do original, que mostrava a invasão de forma mais ampla, o remake foca em uma narrativa íntima, acompanhando Ray Ferrier (Tom Cruise) e seus filhos enquanto tentam sobreviver ao caos. O terror é palpável, e os tripods gigantes são assustadores.

Sem contar aquela cena na casa com Tim Robbins… tensão pura! O remake não apenas modernizou a história, mas trouxe um peso emocional que o original não tinha. Claro, o original tem seu charme e é um clássico do sci-fi, mas o remake traz um nível de emoção e realismo que fazem toda a diferença. Se você gosta de ficção científica com uma dose de drama, o de 2005 é imbatível!

NOSFERATU (2024)

Nosferatu de 1979, dirigido por Werner Herzog, é uma releitura melancólica e atmosférica do clássico de 1922, com Klaus Kinski como um Conde Orlok sombrio e enigmático. É uma obra poderosa, mas a versão de 2024, dirigida por Robert Eggers, consegue ir além.

Bill Skarsgård assume o papel do vampiro, equilibrando o terror monstruoso com uma carga trágica. Lily-Rose Depp traz uma Ellen mais forte e emocionalmente envolvente, adicionando tensão e profundidade à narrativa.

Visualmente, Eggers mantém seu estilo característico com cenários que misturam o belo e o perturbador. A fotografia meticulosa e o simbolismo em cada cena criam uma atmosfera densa que prende o espectador. O remake respeita o legado do original, mas adiciona elementos psicológicos e visuais modernos que tornam a experiência ainda mais impactante. Para quem gosta de horror com alma, essa nova versão é imperdível!

MENÇÃO HONROSA – STAR TREK (2009) 

Star Trek de J. J. Abrams. Imagem: Divulgação
Jornada nas Estrelas. Imagem: Divulgação

Olha, falar de Star Trek de 2009 como remake não seria exatamente justo — é mais um soft reboot com cara de blockbuster moderno. E sabe o que é impressionante? Ele consegue atrair tanto novos fãs quanto agradar os antigos.

J.J. Abrams não reinventou a historia, mas deu um gás que a franquia precisava. A estética ficou mais vibrante, com cenas de ação intensas e efeitos visuais de cair o queixo. Tudo isso sem sacrificar a essência do universo Star Trek, que sempre foi mais sobre diplomacia, ética e explorações espaciais do que pancadaria desenfreada.

O casting foi certeiro: Chris Pine trouxe frescor ao icônico Capitão Kirk, mantendo o charme atrevido, enquanto Zachary Quinto dominou o papel de Spock com aquela lógica fria e um toque emocional na medida. O reboot ainda criou uma linha temporal paralela — ponto genial pra dar liberdade criativa sem apagar o legado da série clássica.

Se você curte ficção científica com o equilíbrio certo entre ação e profundidade, vale a pena assistir.

Agora me conta: qual desses remakes te pegou de surpresa? E qual original você ainda prefere?

Últimas Notícias

Nova temporada de O Lótus Branco será filmada em Paris e na Riviera Francesa
Terror erótico Lago dos Ossos, com Marco Pigossi, ganha data de estreia no Brasil
Homicídios ao Domicílio é renovada para 6ª temporada, que será filmada em Londres
John Williams volta a compor para Spielberg em aventura sci-fi sobre UFOs prevista para 2026